O último Programa Completo do Educativo Bienal na mostra 30 × bienal – Transformações na arte brasileira da 1ª à 30ª edição foi realizado com o grupo do Aprender com a Pinacoteca: “Enquanto penso, construo o mundo”, iniciativa que viabiliza formação de professores e a ampliação do acesso à cultura por meio da reflexão sobre arte, museu e patrimônio.
O Programa começou no Espaço de Diálogos da 30 × bienal com um vídeo que mostra a atuação do Educativo Bienal, e depois seguiu com uma conversa com Debóra Rosa, supervisora dos educadores da 30 × Bienal e uma das educadoras do curso “Enquanto penso, construo o mundo”.
“O Educativo nas instituições culturais deve cavar seu espaço dia a dia”, ressaltou a supervisora que, após o vídeo, explicou as diferentes atuações do Educativo Bienal, e convidou os professores para uma investigação no Espaço de Diálogos. É nesse espaço que está reunido o material do seminário arte em tempo, como: vídeos, documentos antigos, mapoteca e linha do tempo, que contam a história das ações educativas desenvolvidas nas 30 edições das Bienais.
“Queria falar do seminário arte em tempo, para mostrar para vocês a parte de pesquisa aqui no Arquivo Bienal, e gostaria de ressaltar a importância desse acervo em especial para temas relacionados à arte e também à educação. O que também é legal do seminário é perceber as diferenças das diversas linhas educativas que ocorreram ao longo de todos esses anos de Bienais”, destacou Rosa.
Após pesquisa no Espaços de Diálogos, a educadora de museu e empresária Anny Lima, que também ministrou aulas no grupo “Enquanto penso, construo o mundo”, e participou das 23ª, 24ª, 27ª, 28ª, 29ª Bienal e da Mostra do Redescobrimento, contou sua experiência com os educativos da Bienal.
Em seguida, Rosa passou uma proposta de ateliê para os professores inspirada nos trabalhos da Lygia Clark. A ideia era fazer uma fita com o papel e recortá-la sem dividi-la em duas partes, como a proposta do “caminhando” da artista.
Depois do ateliê, o grupo seguiu para o espaço expositivo e fez uma visita orientada pela mostra 30 × bienal. Veja a opinião de quem participou do encontro:
“O Programa é interessante para dialogar, até porque eu tinha vindo antes nessa exposição numa visita solitária e quis vir com grupo para pegar a visita orientada e ter mais informações, entender o contexto e os períodos. É bacana essa conversa, pois aprendemos muito.”
Conceição Costa, professora de artes da rede municipal de Jundiai.
“Eu acho que esse encontro é uma afirmação do trabalho que estamos desenvolvendo com o grupo. O curso terminou ontem, ao todo foram 42 horas, e hoje eles estão aqui por conta própria, sem qualquer contrapartida. Isso mostra como o grupo está integrado e se identifica como grupo mesmo. O encontro de hoje, além de ser um encerramento, é também uma soma para nossa formação pessoal, no próprio curso abordamos como uma visita a uma instituição cultural fortalece o lado formativo do indivíduo.”
Anny Lima, educadora do curso “Enquanto penso, construo o mundo”, empresária e participante da 23ª, 24ª, 27ª, 28ª, 29ª Bienal e Mostra do Redescobrimento.
“Estou achando maravilhoso o Programa. É muito bom fazer visitas com pessoas que falam a mesma linguagem que você e que estão com vontade mesmo de ter essa conversa. Uma das propostas do curso era para ficarmos mais atentos e sensíveis, tentar aguçar mesmo o nosso olhar. Fazer essa visita em seguida ao término do curso faz muito sentido, pois aí fica impossível não perceber como podemos ampliar o nosso olhar.”
Sueli Actum, professora da rede estadual.

“A Bienal foi tema recorrente no curso, pois muitos professores já visitaram exposições aqui com seus alunos. Como o curso aconteceu na Pinacoteca, que é mais focada em arte clássica e moderna, vir para a Bienal que traz uma aproximação muito forte com a arte contemporânea foi muito bacana para a formação deles.”
Débora Rosa, educadora do curso “Enquanto penso, construo o mundo” e supervisora dos educadores da mostra 30 × bienal.
Texto: Vivian Lobato
Foto: Sofia Colucci