Sabe-se que a Bienal de São Paulo teve como inspiração a Bienal de Veneza, assim como seu Arquivo, constituído em 1955, também foi pensado nos moldes venezienses. O acervo abriga fichas, possivelmente enviadas de Veneza à idealizadora do Arquivo Bienal, Wanda Svevo, para que fossem adaptadas no Brasil.

Wanda Svevo iniciou o envio de cartas a artistas do mundo todo, solicitando currículos e dados referentes às produções de cada artista e explicando que os novos “Arquivos Históricos de Arte Contemporânea iriam constituir a documentação mais completa e atualizada neste continente, sobre a atividade dos artistas de todos os países”. Abaixo, rascunhos destas cartas traduzidas para cinco idiomas:
Desde 2010, La Biblioteca della Bienalle é parte integrante do histórico Padiglione Centrale no Giardini: um complexo de pavilhões nacionais que, junto ao Arsenale e aos eventos colaterais espalhados pela cidade, compõem a Bienal de Veneza.

Vista do Pavilhão Central no Giardini, onde está localizada La Biblioteca della Bienalle
A biblioteca em Veneza conta com mais de 134 mil volumes, entre livros e catálogos, com os materiais de referência da mostra italiana disponíveis na entrada. O funcionamento é diário e, durante o período das mostras, a abertura também acontece aos finais de semana.

Entrada da Biblioteca, à direita, disponibiliza os catálogos da Bienal de Veneza
Já o Archivio Strorico delle Arti Contemporanee está localizado em outra parte da cidade, no Parco Scientifico Tecnologico VEGA, em Porto Maghera e para visitá-lo é necessário agendamento. A partir de um acervo composto por documentos e materiais relativos à Bienal – fotografias, vídeos, cartazes, clippings – o Archivio também realiza exposições intermediárias e atividades que podem ser encontradas no site oficial do ASAC.