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17 set 2014

Capital

2004-2014

Wilhelm Sasnal

Elaboradas com uma paleta escura de cinzas, azuis e verdes, as pinturas de Wilhelm Sasnal presentes na 31ª Bienal refletem sobre o legado sombrio do colonialismo. Tanto Copernicus [Copérnico] (2004) como Christopher Columbus Tomb [Tumba de Cristóvão Colombo] (2009) retratam monumentos públicos que celebram as descobertas que moldaram o mundo moderno e nutriram a insaciável sede ocidental de conquista. Embora pareça suspensa no ar, a esfera armilar em Copernicus dificilmente é etérea: como a bússola quase indiscernível à sua esquerda, ela é parte de uma escultura do astrônomo em bronze feita no século 19, cujo corpo Sasnal escondeu atrás de uma nuvem de tinta branca.

Da mesma forma, sua pintura do memorial de Colombo na Catedral de Sevilha subverte o significado original da escultura: destacado de seu contexto sagrado e despojado de toda ornamentação, esse tributo ao homem que descobriu as Américas se torna uma elegia aos milhões que morreram durante a brutal colonização que se seguiu.

O fato de as visões preconcebidas do outro, usadas para legitimar tal massacre, ainda não estarem mortas e enterradas fica evidente em Untitled [Sem título] (2010) e Untitled (Mine) [Sem título (Mina)] (2009), cada uma retratando dois homens anônimos de pele escura cortando árvores ou escavando minas. Inspiradas por ilustrações em preto e branco de um livro de geografia para crianças dos anos 1970, as pinturas são desprovidos de detalhes, com personagens reduzidos a meros tipos e toda referência a tempo ou lugar suprimida. Se parecem fora do tempo, talvez seja porque falam com a prolongada exploração de recursos naturais e da força de trabalho humana que hoje liga o colonialismo econômico às ilustres descobertas da era moderna.

Decididamente iconoclastas, Untitled [Sem título] (2013) e Capitol [Capitólio] (2009) podem ser vistas como reações contra essas representações expressamente arquetípicas. Em vez de reinar acima das realizações duvidosas do catolicismo missionário, o busto coroado com a mitra de um arcebispo polonês é aqui empalado em uma picareta e transformado em troféu de guerra. Ao mesmo tempo, o edifício reluzente do Capitólio dos Estados Unidos assenta-se incômodo na paisagem fantasmagórica que ele preside, com o resto da arquitetura neoclássica de Washington traçada com tinta preta, em alusão à desigualdade racial cujas raízes são profundas nesse hoje vacilante centro do poder mundial. – HV

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