Dando continuidade à parceria com o CCSP – Centro Cultural São Paulo, o Educativo Bienal promove no mês de julho mais quatro Encontros de Formação em Arte Contemporânea, nos dias 15, 18 e 23 29/07. A intenção é introduzir assuntos da 31ª bienal, apresentar artistas que estarão na exposição e refletir sobre arte e vida contemporânea. Imperdível!
Nesses encontros sobre arte, o Educativo Bienal propõe uma conversa sobre conceitos, obras e artistas contemporâneos. A intenção é refletir sobre as experiências pessoais como formas de aproximação com a arte.
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Programa:
Memórias e narratividades
15.07 (terça-feira) | 19h às 22h
Palestrante: Paula Ramos
De que forma apresentamos nossa memória e a memória de nosso povo? Sendo a recordação algo tão subjetivo quanto abstrato, sendo os nossos traumas algo tão indizível quanto único, que só existem se forem vividos, como apresentamos devaneios e fatos de forma a serem colocados lado a lado? Queremos questionar as distintas maneiras de se contar uma história e duvidar dos recursos únicos de se estabelecer uma memória, a partir das pesquisas de artistas que enxergam a criação e a ficção como potências disparadoras de novos caminhos de compreensão. A passagem do tempo é fator fundamental para que outras formas de narrar propiciem novas poéticas da nossa realidade.
Experiências estéticas, ou não…
18.07 (sexta-feira) | 14h às 17h
Palestrante: Célia Barros
A educação tem sido uma das questões centrais na discussão da curadoria da 31ª Bienal e sem dúvida muitos dos artistas convidados dialogam diretamente com essa questão. A partir de várias propostas de artistas convidados pelos curadores, abordaremos a possibilidade da relação entre arte contemporânea e educação ser permissiva, consentindo novos acordos ao longo de cada processo. Em que dimensão o “dispositivo” da arte permite respostas afetivas – corporais, sensoriais, emocionais e intelectuais – que não se baseiam em nenhum conhecimento predeterminado de arte?
O que há no entremeio?
23.07 (quarta-feira) | 19h às 22h
Palestrante: Regiane Ishii
Como assumir nosso estado de transição? Vivemos a impossibilidade de uma coerência unívoca diante de fenômenos difusos, dinâmicas de opiniões e grupamentos temporários. Somos convocados a renegociações a todo instante, inventando relações e tateando um caminho possível dentro do emaranhamento de indefinições.
A partir do impulso da 31ª Bienal em explorar novas possibilidades e aspirações da vida contemporânea, refletiremos sobre os entremeios de tempos, espaços e identidades nas proposições de alguns artistas selecionados. Sem ignorar ou descartar as sensações contraditórias que nos são presentes, estes projetos atuam com as possibilidades de invenção no estado de transição.
Onde ficam os direitos dos meninos se vestirem de rosa e as meninas de azul?
29.07 (terça-feira) | 10h30 às 13h30
Palestrante: Célia Barros
A partir do texto “Quem defende a criança queer?” (2013) de Beatriz Preciado, criticando a Manif pour tous (Manifestação para todos), realizada em Paris, onde cerca de um milhão de pessoas protestavam contra o projeto de governo de François Hollande que pretendia legitimar o casamento entre pessoas do mesmo sexo e liberar a adoção de crianças para esses casais, propomos uma discussão em torno das problemáticas de gênero. Imaginação e transformação são duas palavras-chave para os curadores da 31ª Bienal, que utilizaremos para procurar entender como o espaço da arte pode contribuir para essa construção coletiva.
Serviço:
Datas:
15.07 | terça-feira | 19h às 22h
18.07 | sexta-feira | 14h às 17h
23.07 | quarta-feira | 19h às 22h
29.07 | terça-feira | 10h30 às 13h30
Local: Centro Cultural São Paulo | Rua Vergueiro, 1000. Paraíso, São Paulo – SP
Informações: (11) 5576-7611
Evento gratuito
Encontros Sobre Arte Fundação Bienal de São Paulo 2013/2014 – ProAC nº 11044
Sobre as palestrantes:
Célia Barros é artista plástica e curadora. Mestre em Produções artísticas e investigação pela Facultat de Belles Arts da Universitat de Barcelona. Nos projetos recentes de curadoria destacam-se a trilogia “Eles Somos Nós” no Museu de Antropologia do Vale do Paraíba e as exposições “Nhenhenhém – Aqui todo o mundo é índio” em itinerância pelo estado de São Paulo através do SISEM – Sistema Estadual de Museus de São Paulo da Secretaria de Estado da Cultura. Como artista foi recentemente selecionada pelo Edital de Arte Visuais – SESI/SP e participou das coletivas “Pogo” no Arts Santa Monica e “Arqueofonias” no Convent de Sant Augustí ambas em Barcelona em 2012.
Paula Ramos é graduada em Comunicação Social – Midialogia pela Unicamp. Mestre em História da Arte Contemporânea e Cultura Visual pela Universidad Complutense de Madrid e Museo Reina Sofía, na Espanha. Atuou como assistente no Serviço de Cinema e Vídeo do Departamento de Coleções do Museo Reina Sofía. Faz parte da Red Transatlántica e atua também como documentarista, fotógrafa e vídeo artista junto a grupos de dança contemporânea.
Regiane Ishii é graduada em Comunicação Social – Midialogia pela Unicamp e atualmente desenvolve pesquisa de mestrado em Artes Visuais na mesma universidade. Cursou intercâmbio acadêmico na Universidade de Santiago de Chile. Atuou como jornalista cultural em diferentes veículos, trabalhando como repórter de exposições na Folha de São Paulo.