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Home Notícias Flusser e a dúvida poética na 30ª Bienal

22 ago 2012

Flusser e a dúvida poética na 30ª Bienal

Encontro com a filósofa Adriana Gurgel abarca ideias de Vilém Flusser na Sala de Leitura da 30ª Bienal

O primeiro documento de Flusser encontrado no Arquivo, de 8 de janeiro de 1968. Nele, Flusser faz sugestões para o II Simpósio de Integração Ciência e Humanismo

Para abrir o ciclo de encontros, palestras e saraus da 30ª Bienal, um encontro com a filósofa Adriana Gurgel propôs o tema: “A dúvida poética e o espanto diante do mundo”, abarcandoideias de Vilém Flusser e outros pensadores.

Resumindo uma longa e deliciosa conversa – que fez muita gente sair pensando –, Adriana falou sobre a necessidade de proteger a dúvida, uma tarefa difícil dentro do pensamento ocidental, cheio de certezas. O intelecto é o campo da dúvida. Sendo o intelecto uma teia composta de frases, o que fica de fora dessa teia é o que não se pode articular. Uma vez que nem tudo pode ser compreendido ou articulado pela língua, é o inarticulável o espaço de onde emerge a poética. Ou seja, é preciso aceitar a limitação do intelecto para que possa existir a poética.

Adriana cita Gustavo Bernal Krause, grande estudioso de Flusser: “Sem dúvida, sem poesia, sem filosofia – ou seja, sem espantos – nada presta – e a banalidade impera, sentada à margem direita do tédio”.

Adriana Gurgel em palestra. Foto: Equipe Arquivo Bienal

 

Um dos maiores pensadores da segunda metade do século 20, Vilém Flusser viveu no Brasil por mais de trinta anos, entre 1940 e 1972. Flusser participou ativamente de debates sobre a reformulação da Bienal no final da década de 1960, para, em 1973, na 12ª Bienal, integrar a equipe de curadoria, chamada na época de secretariado técnico. Flusser vislumbrava uma Bienal como um grande laboratório de ideias e projetos, reunindo cientistas, filósofos e artistas do mundo inteiro. Dizia acreditar que não era a arte que estava em crise, e, sim, a sua comunicação ao grande público. Para isso, propunha a mudança de foco de “obras de arte” para “trabalhos em grupo”, de “exposição” para “laboratório”, e o rompimento da barreira que separa a arte das outras atividades humanas. Na documentação das bienais do acervo do Arquivo, pode-se encontrar inúmeros documentos, entre atas do secretariado, cartas e relatórios de Flusser; material que mostra o quanto este pensador estava à frente de seu tempo.

Adriana tem se dedicado aos estudos da obra de Vilém Flusser, que serão aprofundados durante um ano no Arquivo Flusser em Berlim. Ela concluiu a sua palestra com esse pensamento de Flusser:

“A dúvida é um estado de espírito polivalente. Pode significar o fim de uma fé, ou pode significar o começo de outra. Pode ainda, se levada ao extremo, instituir-se como ‘ceticismo’, isto é, como uma espécie de fé invertida. Em dose moderada estimula o pensamento, mas em dose excessiva paralisa toda a atividade mental. A dúvida como exercício intelectual proporciona um dos poucos prazeres puros, mas como experiência moral ela é uma tortura. A dúvida, aliada à curiosidade, é o berço da pesquisa, portanto, de todo conhecimento sistemático – mas em estado destilado mata toda curiosidade e é o fim de todo conhecimento.” Vilém Flusser, A dúvida

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